Crítica: Creed III - Estabelecendo Um Legado

CRÍTICA: CREED III – BLOG DO RUBÃO

“Estabelecendo Um Legado, Conquistando A Independência”

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Saudações pugilistas! A primeira crítica do ano não poderia ser outra, Creed III está no ar! Será que o filme mantém o alto nível da franquia? O legado de Rocky continua virtuoso? Confira minha opinião sem spoilers! Grato desde já!

VOLTANDO AO RINGUE

Antes de irmos direto para análise, gostaria de compartilhar com vocês uma experiência significativa para mim!

No dia 08/03, voltei pela primeira vez no cinema depois de praticamente um ano. A última tinha sido em maio do ano passado. Entretanto, a vez que COMPREI meu próprio ingresso foi com Shang-Shi, em 2021. Isto porque nas outras duas sessões excedentes de tal, eu não paguei. (Uma delas ganhei um ingresso; na outra, meu pai pagou).

Ok, mas o que isso significa? Muitas pessoas ficam sem ir ao cinema por muito tempo! Isso é normal. Bom, isso realmente é verdade. O cerne da questão é que em 2022 eu perdi meu direito como "pagante meia", isso dificultou MUITO minha ida para as telonas. Os valores aplicados nos ingressos são verdadeiros absurdos!

Alguns filmes interessantes estrelaram neste período, porém perdia a vontade de conferir justamente porque estava sempre tudo muito caro.

Gosto de ir ao cinema, pra mim é toda uma experiência! E melhor ainda quando o filme é bom! rs. Portanto, ficar bastante tempo sem ir bateu uma saudade.

O Melhor de Tudo: Nesta semana tive acesso ao meu cartão de estudante da faculdade pela primeira vez! Graças a Deus, passei na USP no curso de Lazer e Turismo, e com isso já garanti meu direito "meia-pagante". Não obstante, qual filme estreou na mesma semana? Creed III! Continuação da minha franquia favorita - o Universo de Rocky Ballboa. Amo todas as obras. Curioso, né?

Concluindo, fiquei muito feliz em voltar. Fui durante à tarde, comprei com meu dinheiro suado da lavagem de carros, a sessão das 14h10 e paguei só R$15,00. Olha só que maravilha! A sala estava vazia, só tinha eu no fundo, uma moça no canto e um casal na frente.

Inclusive, toda vez que vou no cinema acontece alguma coisa, é incrível! Desta vez, a mulher que estava no canto direito, ficou mexendo no celular o tempo todo! Uma baita falta de respeito, e ainda ficou tirando foto com flashes! Tudo bem que a sala estava vazia, mas né? Falta senso aí.

Tirei essas fotos com o pôster, e dentro da sala. Isso não tem muito motivo, ação de tiozão mesmo! haha. Agradeço ao casal e ao mano aleatório que me ajudaram com a foto.

Foi significativo, e por isso estou dividindo esta vivência com vocês! Não precisamos esperar grandes acontecimentos para termos um dia marcante. Basta apenas, valorizarmos as pequenas coisas. Deus abençoa sempre!

Foi como um pugilista aposentado subir no ringue novamente!

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INTRODUÇÃO

Como já dito, sou grande fã da saga de Rocky. Amo seus filmes, um dia terei um post aqui para falar deles de forma geral. Todo universo e história destes boxeadores são encantadores e muito mais do que um simples enredo de superação.

Creed III inicia de forma frenética, colocando pontos de passados não explorados para serem desenvolvidos na trama. Como sempre, gerando engajamento criativo para que as lutas não sejam genéricas, meras contendas entre esportistas da competição. Aliás, em todos os filmes do Rocky, nunca foi assim, todas as batalhas tinham algum sentido, algum peso, uma linguagem e um tom para o telespectador se sentir na ambientação. Que inclusive, é disso que vamos falar agora.

PESO, LINGUAGEM E TOM

Valoroso lembrar, que esta obra é guiada por Michael B. Jordan, seu primeiro filme como diretor. - B. Jordan lançou um peso dramático para o enredo, e nada melhor do que colocar laços familiares na trama, certo?! A forma que abordaram isto foi natural e bem explicada. Digo, no início até a metade do filme, porque no final alguns detalhes te deixam pensativo demais, é necessário colocar o cérebro pra funcionar um pouco! Haha

Toda história é direta e objetiva, sem nuances complexos, Creed III funciona até mesmo como um Spin-Off da saga, pois os tratos são menores, envolvem basicamente a vida dos Creeds! E como sempre, tudo é resolvido no boxe, e desta vez, com mais uma disputa pelo tão sonhado cinturão dos campeões.

Ironicamente, tal cinturão só tende a pender para um lado, do desafiante! Creed já está aposentado, mas é necessário acertar as contas! Toda história se envolve nestes pontos que aqui foram colocados. Enfrentar o lutador significa mais do que conquistar o título, no momento, seu oponente é aquele no qual te acompanhou durante a infância. E aí? Como fica essa situação? Pesado, né?

Entretanto, algumas coisas me incomodaram. Pois foram adicionadas diversas cenas e diálogos que poderiam ter sido muito mais promissoras dentro da história. Eu tenho o seguinte pensamento: Se alguma informação grande for exposta, e você não a desenvolve, é cartucho descartado – inclusive já falei sobre isto aqui. No final da trama vários pontos não ficam claros, justamente porque detalhes apresentados no início e meio do filme não foram terminados, somente deixados à deriva.

É bom preencher a história? Claro! Porém aos meus olhos, é necessário muito cuidado com isso. Uma prova, é que a maioria das críticas sobre “Rocky V” (Aquele onde Rocky luta na rua, ao som de instrumentos eletrônicos rs) trata-se da salada de frutas quanto tudo que é mostrado no filme. A proposta é bacana, sobre treino, traição, confiança, paternidade e etc... Mas a montagem não ficou tão agradável. Creed III sofre desta mesma face da moeda.

No outro lado desta moeda temos a liberdade da invenção, elementos bem interessantes colocados em cena, como personagens novos e consequências para o futuro da franquia.

FALTAS E ACERTOS – BLOQUEIOS E GANCHOS

Creed III facilmente pode ser considerado o filme com as melhores lutas do cinema. Há um momento em que Michael B. Jordan inova com sua extrema criatividade. A coreografia não é repetitiva, mas é intensa. Cada soco demonstra a força do personagem, sua agilidade é expressa nos movimentos da câmera, a ambientação do confronto aumenta com a trilha sonora, e os efeitos especiais chegaram para marcar presença em uma épica batalha.

B. Jordan iniciou sua carreira como diretor de forma espetacular! Não é fácil pegar um filme deste tamanho, e guiá-lo para a maestria sem experiências antecessoras. Ademais, não podemos nos esquecer de que ele era o PROTAGONISTA da história! O cara atuou e dirigiu, seguindo os passos do saudoso Sylvester Stallone.

Falando em atuação, preciso dizer que Jonathan Majors mandou muito bem como Damian, ameaça presente em todo momento, com vingança derramada em sua face! Tessa Thompson roubou a cena novamente como Bianca! Ela é MUITO expressiva e merece mais oportunidades de papeis grandes, como sempre sendo o açúcar dos dilemas do pugilista “hollywoodano”! Adonis Creed está aposentado, maduro, com um caráter de um lutador experiente. Fora eles, ressalto também a diversidade e inclusão do elenco. Com os atores mexicanos, tendo relevância extrema pra trama. E o principal, colocar em pauta a inclusão social na tela, de forma mansa, com a pequena Mila, que interpreta a garotinha Amara, que é surda. Gostei muito de ver cenas com libras, como no segundo filme.

A trilha sonora é muito boa, condizente com os atos do longa. Foi composta por Joseph Shirley, mesmo compositor das músicas da série “Boba Fett”. Não há ressaltos de algo tão marcante, mas pelo menos mantém algumas frases do gigante Bill Conti, dos filmes do Rocky, e também com a mesma pegada dos últimos dois Creeds.

Como sempre digo, a trilha tem um peso na nota final, e este conseguiu sim!

ESTABELECENDO UM LEGADO

Em entrevistas antes do lançamento, produtores deixavam claro que Rocky não iria aparecer no filme. Isto se deu por duas razões: as decisões da direção criativa não o agradaram (Stallone), e seu conflito contra o produtor de franquia de longa data Irwin Winkler continua.

Rocky não foi deixado para trás, até então, Creed só funcionava com ele, mas agora, neste filme, uma amplitude foi criada para manter a mitologia, ou melhor, adaptá-la. Pois o que foi, já foi! O que vem? Resta aguardar. Creed III conseguiu funcionar normalmente, mas é claro, com um pequeno buraco que não foi preenchido pelo Garanhão Italiano. Agora, o principal é Adonis Johnsson Creed.

São diversas possibilidades, que são apresentadas com carinho ao público. Veja, é isto que veremos daqui para frente, este universo cheio de lutadores!

CONCLUSÃO

Creed III garante uma sessão épica e divertida, para amantes da saga, o filme só acrescenta para o universo, conquistando sua independência! Será que temos mais por aí? Para amantes de cinema, é um filme bem desenvolvido, com pequenos deslizes, mas com cenas incríveis de luta, uma fotografia linda e uma história envolvente.

Academicamente falando, Creed III não segue virtudes suficientes para ser considerado o melhor filme da trilogia, mas com toda certeza, Adonis deixa seu legado não só no ringue, mas agora no cinema também.

Nota Final: 4,6

Digno de Prateleira? Sim.

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COMENTÁRIOS COM SPOILERS

GARANHÃO ITALIANO, ESQUECIDO?

Devo confessar que o fato de Rocky Ballboa não aparecer no filme me incomodou um pouco, por três motivos simples:

1- A Saga começou com sua história;

2- Não sabemos como está a vida de Rocky;

3- Colocar sua presença no filme não afetaria o roteiro;

Entendo perfeitamente que o filme possui um afeto maior para o descendente e família de Apolo, Creed quer marcar seu nome individualmente. Entretanto, isso não quer dizer que precisa apagar o passado, ou não usar as coisas boas que são frutos destes tempos.

Maaaassss não houve esquecimento, todo o arco é respeitado, o cerne continua o mesmo, isso que importa. Na verdade, é animador ver que temos um novo legado surgindo aos nossos olhos.

Vamos sentir falta, Stallone!

INOVAÇÕES

Cena do Ringue, luta final. Que coisa espetacular!!! Empolgante demais, ver o ringue se transformar numa batalha de ego... Um local cercado de nuvens, onde o passado e presente travam uma guerra.

As grades se formando, lembrando Creed deste peso em sua mente, para lutar com seu amigo de infância, foi algo MUITO maneiro!

CENAS DE TREINO

Serei sincero, e pode parecer até exagero, porém gostaria de ter visto mais cenas de treino, algo mais construído, entende? As cenas foram ótimas, vemos ele no treinando num HANGAR! Kkkkk isso é muito Rocky cara! Vemos também ele socando uma ÁRVORE e simplesmente puxando um AVIÃO com as costas. Muito maneiro, mas acho que faltou um toque mágico aí! Faltou algo...rs

PEQUENA AMARA

Ficou claro que B. Jordan quer desenvolver algo com a pequenina, será ela a próxima herdeira das habilidades quentíssimas de Apollo? Seria muito interessante acompanhar uma sequência da história, com a garota surda, em um ambiente de boxe feminino, imagine que maneiro não deve ser a história de superação?

NARUTO

Michael B. Jordan é abertamente fã de Naruto, e em várias entrevistas ele citou que colocaria marcas disso na obra, e assim o fez! A coreografia, cenas em câmera lenta, montagem visual entre os lutadores em primeira pessoa, foi tudo pensado.

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OBRIGADO!

É isso! Muito gostoso assistir um bom filme!

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Um forte abraço bem apertado! Até a próxima!

--Ruubeens!!

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