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Crítica: Liga da Justiça, Snyder Cut - Uma Batalha Conquistada

  • Foto do escritor: Guilherme Rubens
    Guilherme Rubens
  • 27 de mar. de 2021
  • 8 min de leitura

#ParaCegoVer A imagem mostra o Superman com raiva, prestes a atirar sua visão de calor, está com o traje preto. O logo está camuflado em seu uniforme, além de em cada olho também existir o logo, bem imperceptível. O logo do filme está no canto inferior esquerdo.Toda imagem está em volta de um layout branco e azul, escrito #2 e crítica.

Liga da Justiça: SnyderCut

A voz do povo tem poder! E não, isso não é uma propaganda política...

Cá estou novamente para mais uma crítica! Já faz uma semana que eu assisti o filme, a correria é grande, de pouco em pouco fui escrevendo e formatando, até conseguir finalizar.

Esperei muito por esse dia, então bora lá?!

Para uma melhor organização, separei os conteúdos em quatro partes: 1- Ficha Técnica, 2- Prefácio, 3- Crítica (Sem Spoilers) e 4- Comentários com Spoilers.

Ficha técnica:

Nome: Liga da Justiça – SnyderCut

Diretor: Zack Snyder

Duração: 4 horas e 2min

Distribuidora: Warner Bros

Lançamento: 16/03/2021

Trilha Sonora: Junkie XL

Sinopse: “Determinado a garantir que o sacrifício final do Superman (Henry Cavill) não fosse em vão, Bruce Wayne (Ben Affleck) alinha forças com Diana Prince (Gal Gadot) com planos de recrutar uma equipe de metahumanos para proteger o mundo de um ameaça se aproximando de proporções catastróficas. A tarefa se mostra mais difícil do que Bruce imaginava, pois cada um dos recrutas deve enfrentar os demônios de seu próprio passado para transcender o que os impediu, permitindo que se unissem, finalmente formando uma liga de heróis sem precedentes. Agora unidos, Batman (Affleck), Mulher Maravilha (Gadot), Aquaman (Jason Momoa), Cyborg (Ray Fisher) e The Flash (Ezra Miller) podem ser tarde demais para salvar o planeta de Steppenwolf, DeSaad e Darkseid e suas intenções terríveis.” {VIA: Ovício}

Prefácio

Contexto: SnyderCut carrega um grande peso em suas mãos, fãs do mundo inteiro fizeram muita questão de incomodar Warner Bros da cabeça aos pés para realizar este projeto, o filme da Liga da Justiça com a versão oficial do diretor.


Por quê? Originalmente, o filme foi lançado em 16 de novembro 2017, com diversos problemas técnicos e estruturais. Resumindo de forma bem enxuta, o filme ficou ruim. Basta dizer isso! O que diferencia este de outros filmes ruins, é que teoricamente tem virtudes para ser realmente bom, pois durante suas gravações houve uma troca de diretor. Na época, Zack Snyder infelizmente perdeu sua filha por suicídio, o que fez com que abandonasse o projeto naquele momento para se dedicar a família. Após isso, foi contratado para sua substituição: o diretor Joss Whedon, que dirigiu o primeiro filme dos Vingadores.


A questão é que: O filme ficou extremamente confuso, tons que são usados por Whedon em outros filmes foram adicionados a este, não se encaixado nada bem. Não usou de forma adequada os personagens, cortes de cenas exagerados, inversões de história e inúmeros outros problemas. Uma baita salada de frutas!

Com a devida indignação dos fãs com esta péssima adaptação, foi levantada a hashtag #releaseSnyderCut por anos até que em julho do ano passado (2020) foi anunciado que a versão “corte do diretor” foi aprovada e entraria em produção.


O maior exemplo que gosto de usar sobre o perfil do antigo filme; foi a falta de vontade da produção em fazer um CGI decente no Superman... Durante as filmagens, o ator Henry Cavil estava gravando “Missão Impossível: Efeito Fallout”, seu personagem tinha um bigode grosso, então não podia raspá-lo justamente pelos trabalhos simultâneos. Então o que a Warner fez? Além de cortar cenas do filme, cortou o bigode dele somente com a edição, deixando o resultado HORRÍVEL kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk rir para não chorar! Veja essa imagem:

Eu estou vendo um filme de milhões de dólores, ou uma cut-cene do PlayStation 2?


Resumindo: A intervenção de Joss Whedon com outras ideias, pensamentos e planejamentos, junto com a incompetência da Warner Bros tiraram toda a oportunidade do filme usar todo o seu potencial.

Agora, cenas foram regravadas e repensadas, Zack Snyder trabalhou do jeito que queria e adicionou muitas coisas. Vamos para a crítica!

Crítica: Uma Batalha Conquistada


Como diria minha ex-professora Berenice, a vida é feita de oportunidades, tal foi dada como compromisso para Zack Snyder. Sua missão era consertar os erros do último filme, trazendo os melhores reajustes que podia oferecer.


Sendo assim, para ter uma boa noção de como está essa diferença, assisti um dia antes a versão antiga de Joss Whedon. É muito interessante ver como mudou...

Antes que eu inicie qualquer argumento, gostaria de declarar que: Pensa em um filme demorado! Kkkkkkkkkkk. Mas algo aconteceu, pois não percebi decorridas 4 horas de filme. Na verdade, eu sei sim o que ocorreu: por ser muito bom, me prendeu do começo ao fim.


Zack Snyder conseguiu tirar esse fardo, seu corte personalizado do filme da Liga da Justiça trouxe novos caminhos para serem seguidos, isto é, dizendo em sua carreira profissional e Universo Cinematográfico da DC.


Inicialmente, percebe-se de cara que o tom do filme é dissemelhante ao antigo, sua consistência é mais sólida e ao mesmo tempo profunda. As cenas possuem um sentimentalismo, uma melancolia envolvida em artes conceituais. O detalhe em pequenas perspectivas fez com que o enredo se fechasse ainda mais, de modo positivo, é claro. Como um bom pai cuida de um filho, assim é o relacionamento entre a história e diretor. A contextualização de cada parte exibida é moldada para realmente fazer sentido. Enquanto você assiste, é engraçado perceber como o outro possuí incríveis cenas jogadas fora. A Warner Bros e Whedon descartaram interligações muito importantes! A expressão “mind blowing” (Algo surpreendente) nunca fez tanto sentido quanto agora.


Ocasionalmente, o filme foi separado em 6 partes, como se fossem capítulos. Com títulos que combinam perfeitamente com o que é apresentado dentro delas. Essa divisão fez com que a organização de Zack ficasse mais visível, e algo consequente dessa situação são as passagens prolongadas, obtendo diálogos extensos e detalhistas. Desta vez a história de cada personagem é explorada de feitio intenso. Isso me agradou bastante! Quero ressaltar que gostei MUITO como o Ciborgue foi trabalhado durante o longa, pois a inconsistência da primeira versão fez de sua participação algo desgastante. Antagonizando essa questão, fica claro no Snydercut o motivo de todos estarem lá. Mostrando assim suas ambições, motivações e relevância para o enredo.


O modo dark do querido Zack foi ativado com sucesso, com certeza é mais violento e sombrio. De forma que as “engraçadíssimas” piadas de Joss fossem decaídas a nível pavê. Existe sim uma superioridade na ambientação, sua elaboração dança conforme a música, com ritmo determinado e eficaz. Felizmente nenhum personagem teve um ataque de risos após uma grande batalha...! SEGUE O JOGO!


Assistir SnyderCut é a mesma sensação de estar jogando um game de “Escolha seu Futuro”, que mesmo ao terminá-lo, você deseja jogar novamente para testar finais melhores, ou desenvolturas que lhe agrade mais. Digo isso por várias cenas terem sido regravadas e definitivamente alteradas! Até mesmo iguais, mas que possuem diálogos extremamente diferentes, que inclusive mudam partes da trama. Exatamente como exemplifiquei, um jogo onde Snyder selecionou as melhores possibilidades para que em sua totalidade, o projeto fosse lembrado como algo marcante.


Ainda falando de suas escolhas, Snyder achou um baú misterioso escondido nas profundezas da Warner, tal abriu e encontrou a mitologia da DC inteira... hahaha! Finalmente um filme da DC em Universo Estendido, trouxe reais valores aos seus personagens. É lindo vê-los sendo fiéis com suas essências originais, houve reaproveitamento das particularidades dos quadrinhos e foram inseridas no filme.


Eu não sou nenhum entendedor de fotografia, muito menos de estruturas cinematográficas, mas admiro muito um plano bem-feito, com boas distribuições de cores, estética e movimentações. Tenho que admitir que alguns momentos são dignos de quadros, de tão bonito que certos frames ficaram! Fora o jeitinho do diretor de deslocar a câmera de forma dinâmica, dando closes e desfoques deveras agradáveis ao olhar. Ainda mais quando todas essas junções são acompanhadas por cenas épicas e uma trilha sonora notável.


Falando em nossa amiga Trilha Sonora, vamos ao veredito. Sempre digo que toda trilha é importante e faz TOTAL diferença no filme. Mas ok, o que eu achei?


O compositor é Junkie XL, que já trabalhou também com Mad Max, 300, Deadpool e Homem de Aço. Foi de bom grado, mas acho que poderia ter sido melhor! Por mais que as músicas foram reajustadas, estava esperando partes das melodias clássicas dos temas do Batman e Superman, que estiveram presentes na versão original. Continua sendo melhor que o Joss também, mas poderiam ter dado aquele tom nostálgico na “pose do herói”. Entretanto é só uma observação, pois a trilha é frenética e coerente com as categorias apresentadas, trazendo a imersão aos telespectadores.


Concluindo, Snydercut é esclarecedor, assistir os dois filmes lhe faz analisar vários detalhes, acaba sendo interessante até mesmo para exercitar a compreensão desses conflitos de criatividade entre diretores. É definitivamente outra coisa! Zack Snyder aproveitou o momento certo, agarrou a oportunidade e fez seu nome. Este filme não é simplesmente uma obra cinematográfica que obteve êxito, mas sim um sonho realizado por quem ama e persiste em suas ambições. A Grande Batalha foi conquistada!


Nota: 4,7 /5

Digno de Prateleira? SIM!


Obrigado.

Abaixo estão as observações com spoilers, então caso não continue, me siga no Instagram para não perder nenhuma publicação!

@rubens_producoes

Comentários com Spoilers

Redimido? - Lobo da Estepe, Lobo do Estresse, ou Bolo da Estefani. Seja como for, o rapaz foi redimido, seu CGI melhorou com armadura montada, sua história fez mais sentido e foi afável descobrir que ele está devendo 50 mil mundos ao seu chefe, e que só queria voltar para a casa... Tadinho! Pena que a Mulher Maravilha não deixou. Ele era muito distraído, sua mãe sempre dizia na infância: “Anda perdendo tudo, desse jeito vai perder até a cabeça”. Pobre Louco da Crepe.


Disputa por espaço – O dilema de Victor Stone em sua jornada heróica como Ciborque eleva seu papel na trama, origem triste com um passado significativo, sendo praticante de futebol americano, barrando seus adversários para chegar até seu objetivo final. Com certeza foi um dos melhores personagens do filme, que mostrou justamente sua relação corrompida pelo pai, que buscava atravessar seu campo através de suas pesquisas científicas, obtendo uma vitória relativa, ganhando conhecimento, mas perdendo a família. Dor que custou uma estratégia suicida para no desfecho ajudar toda a equipe da Liga da Justiça. Seu filho aprendendo a lição, assumindo o manto de herói e buscando melhorar, se inspira pelas últimas palavras gravadas pelo pai. Touchdown!


Faça Seu Próprio Passado – Meu amiiigo! Que cena épica do Flash cara... Linda de mais, correndo suavemente, quebrando a barreira da luz, usando a Força da Aceleração e voltando no tempo.


Funcionário do Mês – Gary, o parademônio que calculou o padrão da velocidade do Flash, acertando-o em suas voltas e consequentemente atrasando-o, muito provavelmente foi promovido, fez um grande serviço para a sociedade de Darksied.


Press F to pay Respect! { VIA: O Mestre da HQ}


Chegou o Patrão – Darksied resolveu aparecer em momentos chaves, após perder a Terra mais uma vez, resolveu atender por métodos antigos... O que vêm por aí?


O Cara Curte Umas Visitas – Caçador de Marte bipolar... Apareceu antes dos créditos oferecendo ao Bruce ajuda para batalhas futuras, porém na luta final sua decisão é certeira: “Opa, bora tomar um cafézin aqui com a mãe do Caio Quente, falar da vida e ajudar a fia.” - Ela é a chave! Sempre foi.


A Cereja do Bolo – Confesso que fiquei boquiaberto com epílogo, a última parte foi de tirar o fôlego. O pesadelo Pós-Apocalíptico de Bruce voltando para a tela novamente, só que desta vez trazendo os personagens da própria época, transformados e com uma grande demonstração de temor, junto com Coringa e Exterminador! A primeira coisa que lembrei foi FlashPoint, a maior saga do Flash nos quadrinhos e com uma animação fantástica! Essa cena lembra muito também “Injustice: God Among Us”, a sanidade mental de Superman e corrupção de heróis revelados.


Conclusão: Depois de todos os meus argumentos, sobretudo eu concluo que: Agora sim o Superman ficou bonitão! Principalmente com o logo do Blog em seus olhos...

Agradecimentos

Se você chegou até aqui, você é forte! Muito obrigado! Demorei bastante para escrever tudo, mas consegui chegar ao final e estou muito feliz.

Um forte abraço de urso do Rubão! Ruubeens!!!

Comentários


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