CRÍTICA - THE FLASH | UM MISTO DE EMOÇÕES
- Guilherme Rubens
- 27 de jun. de 2023
- 7 min de leitura
Atualizado: 24 de out. de 2023
Cinema com Flash!
Saudações velocistas! Bora falar de um grande lançamento? Essa eu não deixo passar, afinal quem passa direto é ônibus, certo?
Entre idas e vindas finalmente o filme do Flash chegou aos cinemas. Sei que vai parecer exagero, mas eu estava esperando por esse filme faz uns cinco anos. Talvez até mais.
Olhe só, pelo que me lembro, o lançamento mais preciso foi anunciado para 2018. Nisso já acompanhava a entrada e retirada de diretores e roteiristas da produção. O projeto foi adiado várias vezes. Existe uma novela extensa da Warner com esse projeto, mas não vou abordar isso hoje.
Bom, confira minha crítica e primeira impressão do filme SEM SPOILERS. Após essa primeira parte, deixarei a segunda para comentários COM Spoilers. Mas fique tranquilo, você será avisado.
TRÊS ANOS DESTA TIMELINE!
Nos últimos dias - na verdade no mês passado - o Blog do Rubão completou três anos de existência. Um projeto que começou de forma despretensiosa, mas que está no meu coração.
Inevitavelmente, não prossegui com as frequências ideais de postagens. Portanto, para não prometer nada, retiro minha indicação onde garantia uma publicação a cada duas semanas. Infelizmente não deu certo, tudo está uma loucura por aqui.
Resumindo esta parte, quero agradecer a você, leitor e ouvinte do blog. Todos os textos são preparados com muito carinho e dedicação, quando recebo um feedback – seja positivo ou negativo – fico muito feliz, obrigado!
E que venham mais temporadas cheias de palavras registradas neste blog! Valeeeu!
CRÍTICA – THE FLASH: UM MISTO DE EMOÇÕES
Como um fã de Flash, confesso que minhas expectativas estavam altíssimas. Flash sempre foi um dos meus heróis favoritos desde criança. Acompanhei a série da CW do início até a metade. Ela inclusive estreou no dia do meu aniversário, em 2014! Infelizmente foi perdendo a qualidade com o passar das temporadas, por isso não assisti ela inteira. Foi finalizada neste ano, na 9° temporada.
The Flash tinha uma grande responsabilidade, deixar uma despedida digna para este universo da DC. Contextualizando para quem não está informado, o Universo Cinematográfico da DC será triturado para um novo bolo. Em outras palavras, a Warner fará um “reboot”, reiniciará do zero. Ou seja, The Flash seria o último filme dessa saga criada desde o Homem de Aço, do Zack Snyder.
Este novo universo será comandado por James Gunn, mesmo diretor do Guardiões da Galáxia, e do recente “Peacemaker”. O projeto terá início com um novo filme do último filho de Krypton chamado: “Superman Legacy” – a previsão de estreia é para 2025. O ator que irá estrelar Klark Kent será David Corenswet, anunciado nesta terça-feira (27/06).
No texto que escrevi sobre Doutor Estranho, comentei que uma das coisas que mais gostei foi o fato de que a história parecia ter sido tirada direto dos quadrinhos. Este filme possui a mesma dádiva, é super divertido e atrativo. Tem seus momentos de descontração e charme do roteiro. É leve e não se comporta nas linhas da realidade, é ousado mas impertinente.
Um dos gases para as expectativas do longa, é a aparente adaptação da saga: “Flashpoint”, dos quadrinhos, mas que foi eternizada numa animação da Warner, Flash: Ponto de Iguinição. Essa animação é perfeita, mostra o Flash voltando no tempo para salvar sua mãe, e as consequências são avassaladoras... Recomendo muito que você assista, está disponível na plataforma HBO MAX. É sem dúvidas, uma das minhas animações favoritas!
Mas não se engane, apesar da inspiração da adaptação, o filme não segue o enredo, é meramente inspirativo. Isso me decepcionou bastante, esperava que algumas coisas fossem iguais. Esse é o erro de querer desenvolver um longa baseado em alguma história conhecida, porque a chance de cagar tudo não é pequena...rs
Sendo bem objetivo, tenho lido muitos ataques nas redes sociais sobre a tecnologia usada para edição das cenas. Digo que os efeitos visuais não são lá essas coisas mesmo, mas dá para assistir tranquilamente. Vi uma galera caindo em cima do filme só por conta do CGI. Não concordo muito com isso, até porque muitos filmes antigos nem sonhavam com tais tecnologias, e mesmo assim se transformaram em ícones da história cinematográfica, como por exemplo: “Tubarão” (1977), “Star Wars” (1977), “Jurassic Park” (1990).
Falar que um filme é ruim só pelo CGI é a mesma coisa que dizer que Senhor dos Anéis é ruim por conter só um anel na capa. O conteúdo tem mais valor. MAS UM ADENDO! Isso não tira o demérito de uma arte visual mal feita, ainda mais pelo orçamento da produtora.
Os problemas ultrapassam a questão visual, a estrutura em sua totalidade apresenta pontos de colisão. Se tem uma coisa que eu pego muito mal no filme é quando se mostra um elemento, é colocado sua importância em cena, mas que não gera nenhum impacto no filme, ou seja, cartucho descartado! Sempre digo isso por aqui. Partes desconexas ficaram escancaradas sem motivos e sem ligações.
Pela primeira vez em todas as críticas deste blog, irei pontuar negativamente uma atuação. O cara mais perigoso do Havaí – Ezra Miller. O roteiro fez com que sua interpretação tenha ficado horrível. Em alguns momentos a vergonha é alheia. Adivinha em que momentos? Nos intervalos de alívio cômico, nas piadinhas. Em contrapartida, ironicamente, a melhor coisa deste filme é o Batman do Michael Keaton. Ele mandou muito bem, as cenas de ação que ele participa são maneiríssimas. A Supergirl também foi uma ótima surpresa, gostei muito de ver a Sasha Calle atuando. Inclusive, esse papel era pra ter sido da nossa querida brasileira Bruna Marquezine, que fez testes para o papel, foi aprovada e estava cotada para ser uma das possíveis atrizes de Kara Zor-EL. Infelizmente por conflitos de agenda, ela não foi para os Estados Unidos e perdeu a vaga.
Os poderes do Flash são pontos bem valorosos na história, bem criativos, bem organizados e apresentados. Me agradou bastante. Minha única pedra deste sapato foi o diretor e roteirista terem estragado várias partes com ideias que não precisavam ser colocadas em tela. Os primeiros 15 minutos do filme mostram exatamente isso! Para um filme do Flash, tudo começou lento demais, este primeiro ato foi péssimo. Talvez um dos piores que já vi em filmes solo.
Sobre a trilha sonora, composta por Benjamin Wallfisch, digo que foi normal, poderia ter sido muito melhor. Não foi presente e nem fez tanta diferença, esperava mais neste aspecto também. Desconsidero as músicas do Batman, pois não foi ele que compôs, e era mais que obrigação ter colocado kkkkkk. Não merece meu pontinho reservado pra isso.
Diversas pessoas me procuraram para saber se vale ou não ir no cinema conferir a obra. Bom, se você for alguém que goste de acompanhar tudo, assista, mas não garanto que achará uma maravilha. Já se você não fizer muita questão, e tiver outro filme, veja outro.
Considerando tudo o que aqui foi explanado, em virtude dessa responsabilidade que o longa-metragem carregava em suas costas, minha nota final será baixa. The Flash estava com a faca e o queijo na mão para encerrar tudo com chave de ouro, mas trouxe pontos toscos e desnecessários para aquilo que já se encerrava. É um filme sessão da tarde, que traz elementos muito interessantes e divertidos, mas que não os explora de forma correta. É um filme jacundo de super herói, infelizmente nada além disso.
Nota: 3,6
Digno de Prateleira? Infelizmente Não.
COMENTÁRIOS COM SPOILERS
Certo, a partir daqui darei minhas considerações contando detalhes do filme, minhas perspectivas, elogios e mais críticas.
MALDITO YOUTUBE
Antes de tudo, gostaria de deixar aqui minha insatisfação quanto ao algoritmo do Youtube. Determinado dia estava navegando pelo youtube, quando fui à tela inicial apareceu uma thumbnail mostrando o Superman de Christoper Reeve. A legenda dizia algo como: “Todas as participações do Superman em The Flash”, e detalhe, isso foi antes do filme ser lançado, as visualizações eram baixíssimas! Fiquei irritado por isso ter aparecido para mim.
Mas enfim, vamos lá! Antes de comentar sobre essas aparições, que certamente foram excelentes pontos, irei pautar outras questões.
I´M BATMAN!
Assim como comentei na crítica, para mim o melhor personagem do filme foi o Batman. Muito bem interpretado por Michael Keaton! A cena dele nas ruas, batendo nos capangas e vilões, foram bem feitas! Mesmo sendo um Batman já aposentado, foi interessante vê-lo na história.
I´M NOT BATMAN
Ironicamente, o que mais incomodou no filme também foi um detalhe envolvendo o Batman – A mudança e não semelhança com Flashpoint. Teria sido perfeito se nessa nova linha temporal, o Morcego fosse o Thomas Wayne (pai do Bruce) como ocorre nos quadrinhos e na animação.
Na verdade, o problema não é nem mudar a proposta do Flashpoint, o problema é mudar e ficar ruim.
ADOLESCENTE VELOCISTA
Se a adolescência já é uma época difícil, imagine um adolescente com os hormônios e pensamentos na velocidade da luz? Digo isto brincando, porque este Barry Allen da nova linha temporal é horrível e extremamente exagerado. Foi uma personificação do estereótipo adolescente, com adições de irresponsabilidades. Foi como um pai tendo contato com um filho nunca visto. Chegou a ser irritante as piadinhas em alguns momentos.
REMANESCENTE DA IDEIA ORIGINAL
A Supergirl como substituta do Superman foi uma ideia muito original, assim como a retração do Zood como violão. Era nesse ritmo que o enredo precisava se estabelecer! O vilão oficial, que apareceu por uns 10 minutos é horrível, uma espécie de fantasma do tempo misturado com Savitar. Todo um universo foi morto, implodido e o peso disso ficou a mercê de meras frases de consolo. O drama deveria ser muito maior!
Fiquei feliz com a Supergirl, porém achei que poderiam ter abordado mais do poder dela, afinal, é uma kryptoniana! A sobrevivente filha de Krypton!
É UM PÁSSARO? UM AVIÃO? NÃO, É O NICOLAS CAGE!
Essa foi definitivamente a melhor participação do filme! Tivemos no final a apresentação do multiverso, o que também foi genial. Mas Nicolas Cage roubou a cena. Isto porque tal já foi cotado para interpretar o Homem de Aço nos anos 90. Ele chegou inclusive a fazer os testes da produção, as imagens são famosas e já foram compartilhadas na internet diversas vezes. Ele enfrentando a aranha também não foi a toa, pois no roteiro original deste engavetado projeto, ocorria exatamente isso, o produtor exigiu para o roteirista que houvesse uma aranha gigante no terceiro ato. Então foi um baita FanService!
As outras aparições e Easter-Eggs foram excelentes, deixaram um gostinho de quero mais!
VIAGEM NO TEMPO
As melhores cenas foram as batalhas envolvendo o Zod e o fluxo temporal, com os entrelaçamentos fixos, imutáveis, como a morte de Nora Allen. Muito bacana a batalha e interação com os viões, com as mortes inevitáveis da Kara e Bruce. Agora sim, neste momento fazia total sentido uma rebelião do Flash mais novo.
“QUE TISTREZA”
Sim, como você percebeu, fiquei insatisfeito com o filme, esperava muito mais, algo complexo, bem preparado, zeloso e respeitoso com toda cultura envolvente da DC e do Velocista Escarlate. Essa é uma história encantadora, que poderia ter sido melhor preparada. Então, finalizo aqui meus comentários.

Foto com o pôster, um rapaz esperançoso de que o filme seria muito bom.
POR HOJE É SÓ! :)
Muito obrigado pela leitura! Mais uma vez, me alegro em ver que ainda tenho leitores por aqui. Não desistirei do blog, vou continuar postando sempre que possível!
Um forte abraço, e até logo!
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Ruubeens!!!
O Ezra Miller botou um bebê num microondas kkkkkkkkkkkkkkkkk